Os vídeos de clarões no Nordeste do Brasil repercutiram nas redes sociais, campo fértil para fake news, incluindo teorias da conspiração.
Nem ETs, nem disco voador, muito menos meteoro. Astrônomos garantem que o que provocou os clarões registrados na região foi o lixo espacial, restos de um foguete chinês longa marcha 2 que estava há quase 6 anos rondando a terra.
O acúmulo de lixo desse tipo começou há quase 70 anos, em 1957, com o início da corrida espacial, com o lançamento pela então União Soviética do primeiro satélite artificial, o Sputnik.
Atualmente são cerca de um milhão de objetos com mais de um centímetro que viajam pelo espaço, muitos na órbita da Terra. Esses resíduos podem ser grandes como um satélite inativo, que pode ter o tamanho de um carro, ou pequenas peças, como um parafuso.
O problema é que eles se movem bem rápido. A velocidade pode chegar a 56 mil quilômetros por hora, fazendo com que os objetos se tornem verdadeiros projéteis. Um risco para astronautas em estações espaciais e mais ainda quando saem para fazer caminhadas de manutenção.
Agências espaciais têm desenvolvido programas para monitorar e tentar diminuir o problema dos detritos. Um sistema a laser para diminuir a velocidade desses fragmentos e fazer com que se desintegrem entrando na atmosfera da terra é um deles.
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