Novo vídeo compartilhado pela Força de Defesa de Israel mostra o momento em que as forças israelenses bombardeiam alvos em Al-Furqan, região localizada na Faixa de Gaza. A resposta do Estado ocorre dois dias depois do grupo terrorista Hamas lançar ataques contra o território de Israel.
Segundo a Força de Defesa de Israel, o bairro de Al Furqan serve como “ninho de terror para o Hamas” e de onde são realizadas muitas atividades contra o território israelense.
“A Força Aérea está conduzindo um dos maiores ataques aéreos contra o Hamas em Gaza para degradar e destruir a sua capacidade de aterrorizar o povo de Israel”, declarou o órgão. As autoridades afirmam que vão restaurar a segurança do país.
Entre o último sábado (7), o dia que ocorreu o primeiro ataque do Hamas, até a manhã desta segunda-feira (9), mais de 1.200 alvos foram atingidos por aeronaves de Israel na Faixa de Gaza, incluindo locais de armazenamento e fabricação de armas, centros de comando e controle, lançadores de foguetes e mais.
Pressão por invasão terrestre
A Faixa de Gaza, que é controlada com mão de ferro pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas, já vem sendo alvo de pesados ataques aéreos israelenses desde sábado. Segundo as autoridades de saúde locais, mais de 500 palestinos já foram mortos nesses ataques aéreos.
No momento, cresce entre setores do governo israelense a pressão por uma invasão por terra da Faixa de Gaza. Israel convocou 300 mil reservistas após os ataques de sábado. Tanques foram deslocados para as imediações do enclave palestino.
No fim de semana, o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, que prometeu “vingar” os massacres do fim de semana, advertiu aos palestinos que deixem áreas de Gaza onde o Hamas opera. Mas, com Gaza isolada e cercada, moradores dizem que não têm para onde fugir.
Até a manhã desta segunda-feira, 123 mil haviam deixado suas casas na Faixa de Gaza, de acordo com o Gabinete de Coordenação para os Assuntos Humanitários das Nações Unidas. Destas, cerca de 73 mil procuraram abrigo em 64 escolas.
As tropas israelenses ocuparam Gaza por quase quatro décadas entre os anos 1960 e 2000. Em 2005, Israel promoveu uma retirada unilateral do enclave. No entanto pouco depois a área caiu sob domínio completo do Hamas, que expulsou políticos palestinos moderados e impôs um regime fundamentalista, passando ainda a promover ataques regulares a Israel.
Desde 2007, Israel e Egito – que também se opõe ao Hamas – impõem um severo bloqueio econômico e de circulação ao enclave, que ficou ainda mais empobrecido no período.
No entanto, a tomada de dezenas de reféns israelenses pelo Hamas, incluindo mulheres e idosos, que foram levados pela Gaza, devem complicar potenciais planos de invasão terrestre. Um porta-voz das Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, o braço armado do Hamas, disse nesta segunda-feira que os bombardeios de Israel à Faixa de Gaza já mataram quatro reféns israelenses.
Uma nova invasão por terra também levanta o temor de mais um banho de sangue. Gaza é uma das áreas mais densamente povoadas do planeta, com cerca de 2 milhões de habitantes.