Nesta terça-feira, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte concluiu as investigações sobre a morte de Edivânia Bezerra de Freitas, de 44 anos, que era candidata a vereadora no município de Venha-Ver nas últimas eleições municipais. O caso, que gerou grande repercussão na cidade, levou à conclusão de que o homicídio foi, na verdade, um acidente, e um homem foi indiciado por homicídio culposo.
Edivânia, que disputaria o cargo pela primeira vez, foi encontrada morta no dia 9 de agosto de 2024, debaixo de um carro, dentro de um barreiro de água na zona rural do município. Ela estava acompanhada de um homem, que foi preso pela Polícia Civil no mesmo dia em Icó, no Ceará. De acordo com as investigações, o homem tinha um relacionamento com a vítima.
No entanto, um laudo do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITCP) apontou que Edivânia não apresentava sinais de violência física, e a causa da morte foi determinada como asfixia e afogamento. Após a realização de uma reprodução simulada dos fatos, foi confirmado que o ocorrido foi um acidente, e não um homicídio doloso, como inicialmente suspeitado.
Durante as investigações, o suspeito, em mensagens de áudio enviadas à família, alegou que o carro, de sua propriedade, se deslocou sozinho e atingiu Edivânia após eles pararem o veículo no local. Ele também afirmou ter tentado socorrer a vítima, mas sem sucesso.
Relatos da irmã de Edivânia indicaram que o veículo apresentava falhas no sistema de freio de mão, o que poderia ter contribuído para o acidente. Além disso, o homem estava conduzindo o carro sob efeito de álcool, o que agrava a situação. Por esses motivos, o suspeito foi indiciado por homicídio culposo, caracterizando um crime sem intenção de matar, mas com culpa pela falta de cuidados na condução do veículo.