Geraldo Alckmin saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a relação com a Venezuela e a declaração de que “a democracia é relativa”. Em entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, o vice-presidente da República afirmou que Lula “salvou a demoracia brasileira”.
“O presidente Lula salvou a democracia brasileira. Não tenho dúvida que corríamos um risco sério. Sobre a Venezuela, o que o presidente tem colocado, é que não temos que entrar em problemas internos dos países, e respeitar a autonomia de todos. A Venezuela é um grande país da América Latina, e nós temos que ter relações comerciais, até para cobrar o que eles nos devem”, disse Alckmin.
O ministro da Indústria e Comércio falou que os conceitos de direita e esquerda estão “superados”, e que o comunismo é “história da Carochinha”.
“O comunismo não existe nem na China mais. Não tem nem um risco Brasil ser comunista, é história da Carochinha. O que nós precisamos é de um lado ter uma política, que uns dizem de direita, que é eficência econômica, e a rede de proteção social, que dizem de esquerda”, frisou.
Alckmin ainda citou paradoxos nos conceitos teóricos de direta e esquerda, usou o exemplo do ex-ministro Paulo Guedes que, segundo ele, fez 10% de déficit público primário, com os gastos do governo durante a pandemia, e comparou com a gestão do México, de esquerda, que deixou o país com superavit.
“Democracia relativa”
Na última quinta-feira (29), em entrevista à Rádio Gaúcha, o presidente Lula afirmou que o “conceito de democracia é relativo”, e acabou gerando grande repercussão, inclusive dentro do governo.
O presidente fez questão de dizer que defende a democracia e que foi esta que o permitiu se eleger pela terceira vez à Presidência. O chefe do Executivo ainda lembrou dos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, e disse que, das vezes que perdeu eleições, aceitou o resultado.
Alckmin defendeu o presidente lembrando sua história na política brasileira. “A biografia do presidente Lula mostra seu compromisso com a democracia. Lula é fruto da democracia. O que nós precisamos é aperfeiçoa-la. Temos que fazer uma reforma política”, completou o vice-presidente.
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