O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou que está investigando uma suspeita de caso de “Mal da vaca louca” no Brasil. Segundo a Agência Brasil, a suspeita envolve a morte de um animal idoso, que estava em uma propriedade no Pará e era criado a pasto.
“Acerca do caso suspeito de Encefalopatia Espongiforme Bovina (Mal da “vaca louca”), todas as medidas estão sendo adotadas pelos governos. A suspeita já foi submetida a análise laboratorial para a confirmação ou não e, a partir do resultado, serão aplicadas imediatamente as ações cabíveis”, informou o ministério em comunicado.
Especialistas no setor acreditam que o suposto caso tenha se originado de forma “atípica”, ou seja espontaneamente na natureza, e não teria sido transmitido pela ingestão de ração animal contaminada. Em 2021, dois casos atípicos ocorreram no Brasil, um em Minas Gerais e outro, em Mato Grosso. Ambos eram animais idosos.
Na ocasião, a China, que é o principal mercado importador de carne bovina suspendeu as suas compras por mais de 100 dias, cerca de 200 mil toneladas de carne deixaram de ser exportadas. O prejuízo girou em torno de US$ 1 bilhão.
Mal da Vaca Louca
Causado por uma molécula de proteína sem código genético (príon), o mal da vaca louca é uma doença degenerativa também chamada de encefalite espongiforme bovina (EEB). As proteínas modificadas consomem o cérebro do animal, tornando-o comparável a uma esponja.
Além de bois e vacas, a doença acomete búfalos, ovelhas e cabras. A ingestão de carne e de subprodutos dos animais contaminados com os príons provoca, nos seres humanos, a encefalopatia espongiforme transmissível. No fim dos anos 1990, houve um surto de casos de mal da vaca louca em humanos na Grã-Bretanha, que provocou a suspensão do consumo de carne bovina no país por vários meses. Na ocasião, a doença foi transmitida aos seres humanos por meio de bois alimentados com ração animal contaminada.
Band