A delegada e diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Manhã Bandeirantes nesta segunda-feira (17) e falou sobre as investigações da morte de Gabriela Anelli – torcedora do Palmeiras vítima de um estilhaço de garrafa de vidro, que cortou seu pescoço.
De acordo com a autoridade, duas pessoas poderão ser responsabilizadas pelo assassinato da torcedora palmeirense. A linha de investigação da polícia identificou duas garrafas sendo arremessadas em um curto período de tempo e, neste momento, o trabalho das autoridades gira em torno de identificar qual garrafa estilhaçada cortou o pescoço da jovem de 23 anos.
De acordo com Ivalda, os investigadores já foram ao local e realizaram a inspeção com drones e fotografias de todos os ângulos disponíveis do local do acidente e escaneou o ambiente em 360º. Após o registro das imagens, a equipe técnica deverá colocar as pessoas que aparecem nos vídeos, também na simulação virtual.
“De quem é o braço que levanta com uma garrafa? Ai conseguimos seguir. Isso vai permitir que a gente consiga saber até, aproximadamente, até a velocidade com que a garrafa sai e estilhaça.”
Mesmo com o recebimento das investigações que se iniciaram no Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) na última quinta-feira (13), Ivalda pontuou que novas imagens foram adquiridas e informações sobre torcedores presentes nas filmagens serão coletadas.
“Agora é um trabalho técnico, na frente do computador. Isso vai nos dar uma certeza, exatamente, de onde partiu [a garrafa que estilhaçou]. Após identificar, a gente sabe de eventuais características físicas e podemos identificá-lo numa torcida ou em outra”, explicou.
Suspeito solto
Na última quarta-feira (12), Leonardo Felipe Xavier Santiago deixou o Centro de Detenção Provisório (CDP) de Pinheiros após um determinação da juíza Marcela Raia de Sant’Anna. O torcedor do Flamengo era suspeito de ter atirado a garrafa que estilhaçou a matou Gabriela Anelli. A magistrada, no entanto, argumentou que “a garrafa que vitimou fatalmente Gabriela foi arremessada por outra pessoa que não o autuado, o que enseja a imediata revogação de sua prisão preventiva”.
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