As enchentes que atingiram a Líbia deixaram pelo menos 6.000 mortos em decorrência das fortes chuvas. Mais de 300 pessoas foram resgatadas depois que as redes de comunicação foram restabelecidas em Derna, cidade mais atingida pela tempestade Daniel.
O prefeito de Derna teme que a cidade seja infectada por ume epidemia devido ao grande número de corpos sob os escombros e na água. O governo local acredita que o número de mortes pode chegar a duplicar.
Mais de 10 mil pessoas seguem desaparecidas depois da tragédia. Equipes de resgate tentam recuperar corpos levados pela enxurrada, em uma movimentação semelhante à de um tsunami.
As fortes chuvas provocaram o rompimento de duas barragens e de quatro pontes na Líbia.
Os Estados Unidos, a Alemanha, a Itália, a Turquia, o Irã e o Catar disseram que enviaram ou vão enviar ajuda às regiões mais atingidas pelas enchentes.
A chegada da ajuda é dificultada pela situação política da Líbia, que vive um cenário de divisão acentuada desde a queda e morte do ditador Muammar Gaddafi, em 2011. O país, produtor de petróleo, está fragmentado entre um governo reconhecido internacionalmente, que opera na capital Tripoli, e um governo paralelo na região leste do país.
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