Muitos natalenses fizeram as malas e se mandaram para Chicago neste fim de semana para participar de uma das seis maiores maratonas do planeta – a Chicago Marathon, que reuniu mais de 40.000 atletas e aconteceu na manhã deste domingo (9).
Nelson Madeira, cardiologista, foi um dos que partiram de Natal rumo a esse sonho. ”Amo esporte, sempre amei, e há alguns anos adotei a corrida de rua como meu preferido. E que esporte sensacional: reunião de saúde, amigos, diversão, família…”, escreveu o maratonista nas redes sociais. Ele concluiu os 42k em 3h36min.
O cirurgião cardiovascular Renato Max, de 40 anos, foi outro participante do RN no evento de Chicago.
“Impressionante a organização de uma major e a presença de espectadores durante todo percurso… nunca vi isso em canto nenhum. Sem dúvida dá mais força ao corredor para seguir firme na prova, ir até o final”, conta Max, que já correu quatro maratonas e concluiu dois Ironman’s. Ele fez a de Chicago em 4h09min.
O natalense Luis Antônio Felipe, aposentado, também participou da corrida em Chicago, e treinou pesado. Foi a primeira major marathon que fez, mas já tem experiência em completar 42km em solos internacionais – correu maratonas em Paris e Buenos Aires, por exemplo.
A largada foi às 7:30 da manhã, bastante frio em Chicago logo cedo (em torno de 8°), o que obriga os natalenses a vestirem camisas térmicas e até luvas – pelo menos no começo da prova. À medida que vão correndo, suando, e o sol mostrando a que veio, as peças vão sendo retiradas para ajudar o corpo a respirar melhor a cada milha conquistada.
Vencedores da Chicago Marathon
Na maratona de hoje, quem chegou em primeiro foi o queniano de 31 anos Benson Kipruto, que correu os 42km em 2:04:24! A primeira mulher a cruzar a linha de chegada foi Ruth Chepngetich, também do Quênia, em 2:14:18. Ela tem 28 anos.
Minha experiência como espectadora
Eu vim a Chicago para acompanhar meu marido (Renato), e confesso que é emocionante ver um evento dessa magnitude de perto. A cidade para, sem parar. É uma vibração boa, todo mundo na torcida por quem conhece – e por quem desconhece também. Sinos na mão, ou cartazes, ou simplesmente um aceno, um grito de incentivo. O negócio é estimular quem tá passando, porque isso faz diferença sim. O clima agradável – 19°C – e céu aberto também ajudaram a deixar o dia mais alegre e agradável.
Enfim. A multidão miscigenada que toma conta da cidade da deep dish pizza e hot dogs é a prova de que o mundo estava com saudade de viver tudo isso.