Dois fortes terremotos, com magnitudes superiores a 6 na escala Richter, foram registrados no Oceano Atlântico, a menos de 1.000 km do litoral potiguar, na quinta-feira (27) e sexta-feira (28) da semana passada, conforme informações do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
O primeiro tremor, de magnitude 6.1, ocorreu às 21h34 de quinta-feira, a aproximadamente 42 km do arquipélago São Pedro e São Paulo e a 952 km de Natal. Já o segundo tremor foi registrado na sexta-feira (28), por volta das 14h17, a menos de 3 km de distância do epicentro do primeiro.
De acordo com o professor Aderson Farias do Nascimento, coordenador do Labsis, os tremores não foram sentidos no litoral do Rio Grande do Norte devido à distância. No entanto, é possível que tenham sido percebidos no arquipélago São Pedro e São Paulo.
Os terremotos ocorreram na dorsal meso-oceânica, onde há uma separação entre as placas tectônicas africanas e sul-americanas. Embora esses eventos sísmicos sejam frequentes na região, eles não representam risco de tsunamis ou ondas mais altas no litoral potiguar. “Naquela região, as placas tectônicas africanas e sul-americanas estão se separando. Então isso provoca tensões que são liberadas através de terremotos. É um fenômeno natural”, explicou o professor Nascimento.
Vale destacar que o último evento sísmico registrado no Oceano Atlântico aconteceu no mesmo dia em que um terremoto de magnitude 7.7 atingiu o Mianmar, na Ásia, causando mais de 2.000 mortes.
Os tremores próximos ao RN, embora de grande magnitude, não apresentaram impactos diretos para o estado potiguar, mas reforçam a necessidade de monitoramento constante das atividades sísmicas na região.