A ministra da Saúde, Nísia Trindade, alertou para a necessidade da vacinação contra a covid-19 durante pronunciamento em Rede Nacional de Rádio e Televisão neste domingo (7)
“Infecções pelo vírus SARS-COV2 vão continuar e devemos manter cuidados. Portanto, sistemas de vigilância, diagnóstico, redes de assistência e vacinação precisam ser fortalecidos. Um alerta: É hora de intensificar a vacinação. As hospitalizações e óbitos pela Covid-19 ocorrem principalmente em indivíduos que não tomaram as doses de vacina recomendadas”, disse.
A fala da ministra acontece dias após a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretar o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional em relação à covid-19.
Leia a íntegra do pronunciamento
Minhas amigas e meus amigos,
Boa noite
A Organização Mundial da Saúde declarou no dia 5 de maio que a pandemia de Covid-19 não é mais uma emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. Depois de termos passado por um período tão doloroso, nosso país recebe essa notícia com esperança.
Ainda vamos conviver com a Covid-19, que continua evoluindo e sofrendo mutações, mas temos há mais de um ano a predominância em todo o mundo da variante ômicron e suas sub-linhagens, sem o agravamento do quadro sanitário.
Temos uma redução progressiva do número de hospitalizações e óbitos, resultado da proteção da população pelas vacinas.
Neste cenário, entende-se que o momento indica uma transição do modo de emergência para um enfrentamento continuado, como parte da prevenção e controle de doenças infecciosas.
Infecções pelo vírus SARS-COV2 vão continuar e devemos manter cuidados.
Portanto, sistemas de vigilância, diagnóstico, redes de assistência e vacinação precisam ser fortalecidos.
Um alerta: É hora de intensificar a vacinação. As hospitalizações e óbitos pela Covid-19 ocorrem principalmente em indivíduos que não tomaram as doses de vacina recomendadas.
Por esta razão, o Ministério da Saúde, ao lado de estados e municípios, realiza desde fevereiro um movimento nacional pela vacinação de reforço para a Covid- 19.
Esta é a forma mais eficaz e segura de proteger nossa população. Precisamos estar unidos pela saúde, em defesa da vida.
Muitos foram os obstáculos ao longo desta pandemia.
O pior impacto foi a perda de tantas vidas e saber que muitas poderiam ter sido salvas.
Infelizmente, no Brasil, perdemos mais de 700 mil pessoas: 2,7% da população mundial vivem em nosso país, mas tivemos 11% do total de mortes!
Outro teria sido o resultado se o governo anterior, durante toda a pandemia, respeitasse as recomendações da ciência. Se fossem seguidas e cumpridas as obrigações de governante de proteger a população do país.
Não podemos esquecer! Precisamos preservar essa memória para poder construir um futuro digno.
Neste momento quero agradecer a todas e todos que lutaram em defesa da nossa sociedade. Arriscando a própria vida, principalmente antes do desenvolvimento de vacinas.
E, se as vacinas foram responsáveis por salvar vidas, devemos agradecer aos cientistas e aos laboratórios que as desenvolveram e as produziram. Um agradecimento especial ao papel desempenhado no Brasil pelo Instituto Butantan, pela Fiocruz e pela Anvisa. Mesmo com todo os desmontes da ciência e tecnologia, nossas universidades e institutos de pesquisa não mediram esforços na busca de soluções. Devemos agradecer também aos governadores e prefeitos que não se deixaram levar pelo negacionismo e contribuíram decisivamente para o enfrentamento da pandemia. E também a sociedade civil que se engajou nesse processo.
Apesar do negacionismo, dos ataques à ciência e da política de descaso, muitas vidas foram salvas devido ao SUS e ao esforço sem limite das trabalhadoras e trabalhadores da saúde. A todos agradeço, em meu nome e em nome do Presidente Lula, que tem se dedicado desde o primeiro dia de nosso governo à política do cuidado e ao fortalecimento do SUS.
É hora também de aprendermos as lições dessa pandemia. De fortalecermos o Sistema Único de Saúde, o maior sistema universal de saúde do mundo. De nos prepararmos com programas consistentes para futuras epidemias e emergências sanitárias. De fortalecermos nossa capacidade científica e tecnológica e de superarmos as desigualdades sociais, que fazem com que a pandemia atinja de forma desigual aqueles em situação social de maior vulnerabilidade.
É hora, sobretudo, de valorizarmos a vida, a saúde e a cultura democrática.
Vamos atuar juntos, governo, trabalhadoras e trabalhadores da saúde, comunidade cientifica e toda a sociedade para preservar a vida e melhorar as condições de prevenção de doenças e promoção da saúde. Para nunca mais vivermos os dias terríveis do passado recente e construirmos um futuro melhor.
Boa noite e boa semana.
Band