A 3ª edição do Festival do Atum do Rio Grande do Norte – De Areia Branca para o mundo, será realizada nos dias 12, 13 e 14 de novembro no calçadão da praia de Upanema, um espaço novo na orla da cidade inaugurado recentemente, em outubro de 2021.
Após a pandemia, o Festival do Atum do RN ganhou uma roupagem contemporânea e vai passar a ser realizado em um ambiente maior e mais agradável. O calçadão da praia de Upanema mudou o hábito dos areia-branquenses que passaram a frequentar a praia em qualquer horário, principalmente após a instalação das luminárias de led, uma vez que Areia Branca é o primeiro município do Nordeste a ser 100% led com iluminação pública de qualidade e eficiência luminosa.
O Festival do Atum do Rio Grande do Norte, responsável por conceder a Areia Branca o título de Capital Estadual do Atum, é um evento para todas as idades. Tem local para crianças brincarem e shows artísticos agradando de moradores a turistas, de grupos de amigos a famílias com filhos pequenos, além do corredor gastronômico.
“O Festival do Atum é de fundamental importância para o desenvolvimento de nossa gastronomia, onde queremos tornar o atum um prato típico areia-branquense, além da nossa economia e do nosso turismo. E esse ano o evento está em um lugar, como dizem os jovens, ‘instragramavel’, e com isso esperamos uma maior participação de turistas de todo o Rio Grande do Norte e de estados vizinhos que gostam de apreciar novos sabores e vão se deliciar com os pratos a base de um pescado rico em nutrientes, que faz bem ao coração, ao cérebro e sistema imunológico”, disse a prefeita Iraneide Rebouças.
O corredor gastronômico composto por restaurantes de Areia Branca, entre eles os mais conhecidos que já atuam com os turistas, além dos estabelecimentos de cidades vizinhas, vai proporcionar um leque de pratos preparados a partir do pescado. Haverá também a degustação gratuita por tempo limitado por dia. Duas empresas de vinho, Terroir do São Francisco e Vinhedos do Vale, confirmaram presença no festival. A praça de alimentação tem capacidade para 500 pessoas e será animada todos os dias pelo “Forró do Pai D’egua”, a partir das 18 horas. Ao final do calçadão o visitante encontrará o palco para as apresentações culturais.
As atrações musicais, a exemplo das duas edições anteriores realizadas nos anos de 2018 e 2019, contemplam um estilo musical que vai do MPB romântico ao forró.
Programação
No sábado, 12 de novembro, abrindo a terceira edição do Festival do Atum do Rio Grande do Norte, a partir das 19 horas, tem o samba raiz do grupo local Sambloco. E, em seguida, a partir das 21 horas, a cantora e compositora Elba Ramalho.
Já no domingo, 13, a festa começa também às 19 horas com o MPB do grupo da terra Som da Ilha, e, as 21 horas, a banda de forró eletrônico, Cavaleiros do Forró.
E, na segunda-feira, 14, véspera do feriado da Proclamação da República, fechando o festival, Lieberth Rodrigues e Banda sobem ao palco com um repertório eclético abrindo à noite para “O Poeta” das composições de amor, o cantor e compositor Dorgival Dantas.
Atum no Mundo
Encontrado em todos os mares do planeta desde os tempos primitivos, como mostram artes rupestres, moedas cunhadas na antiguidade e registros de pesca de 700 a.C no mar Egeu, o atum é um peixe selvagem que chega a ter, em média, 3,5 metros e pesar mais de 700 quilos. Vive 30 anos, nada de 40 a 90 quilômetros por hora e mergulha até 900 metros de profundidade atrás de sua presa.
O atum foi um rico alimento ao longo da história, influenciando hábitos alimentares no Japão com o sushi e o sashimi que se tornaram populares com a confecção de peixe cru, o atum tornou-se favorito global gerando lucros por sua carne leve e saborosa.
Atum no Rio Grande do Norte
Devido a proximidade com a Cosa Africana, o Nordeste atrai 60% da produção nacional. O Rio Grande do Norte é o maior produtor de atum do Nordeste, concentrando cerca de 70% do fornecimento regional da região — onde destes, 60% é produção de Areia Branca, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN). Hoje, 85% das exportações do país é do RN. A pesca comercial do atum é um negócio que movimenta mais de 270 milhões de dólares em todo o Brasil, produzindo cerca de 50 mil toneladas por ano.
Atum em Areia Branca
Areia Branca é um ponto ideal de captura e distribuição do atum no Rio Grande do Norte por razões que vão de cultural da pesca (deprimida pela lagosta) até a proximidade das áreas de cardume. Um barco que sai de Areia Branca, por exemplo, alcança esses locais com até 200 milhas de viagem.
A pesca do atum em Areia Branca contribui com a receita de R$ 4 milhões por ano, resulta em 700 empregos diretos e 4 mil indiretos, resultando numa arrecadação de R$ 3 milhões por ano para o Estado. A frota de 64 embarcações licenciadas favorece 60 toneladas ao ano, por cada barco. Em 2021, foram capturados cerca 4 mil e 300 toneladas representando 70% da produção do Rio Grande do Norte. “Grande parte desse total é comercializada para o próprio Nordeste. Os 34 % da produção, de melhor qualidade, segue para as regiões Sul e Sudeste do país, e uma pequena parcela restante é exportada para os Estados Unidos”, informa o engenheiro de pesca, Vinicius Melo Seixas, responsável pela catalogação dos dados.
“Por isso passamos a tratar a pesca do atum como uma atividade estruturante do município e do estado, com oportunidade para otimizar seus impactos positivos na geração de emprego, melhoria da renda e na economia em geral”, explicou a prefeita Iraneide Rebouças que ver na consolidação do pescado um símbolo exponencial da economia de Areia Branca, buscando atrair recursos e benefícios para o município, na forma do crescimento do comércio e da indústria.