O primeiro turno das eleições presidenciais na França está sendo realizada neste domingo (10). Embora exista uma expectativa de uma alta taxa de abstenção, cerca de 48 milhões de franceses devem ir às urnas ao longo do dia, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Estudos Econômicos.
As eleições na França estão sendo disputadas por 12 candidatos no total, oito homens e quatro mulheres. Dos seis principais candidatos, três são de direita e dois são de esquerda.
Candidato à reeleição, o presidente Emmanuel Macron – de centro – entrou tarde na campanha e viu a candidata da extrema-direita Marine Le Pen crescer nas pesquisas. Ele aparece com 26% e ela com 25% das intenções de voto.
Em terceiro lugar, vem o candidato de extrema esquerda Jean Luc-Mélenchon (17%). Éric Zemmour – considerado ainda mais radical que Le Pen – dividiu os votos da extrema-direita, mas não conseguiu superá-la, e aparece com apenas 8%.
Completam os seis principais candidatos Valérie Pécresse, mais moderado de direita, e Yannick Jadot, que representa os Verdes.
Com o discurso anti-imigração e anti-união europeia, Le Pen ganhou espaço entre os indecisos por reforçar o coro sobre a perda do poder de compra dos franceses. Já Macron defende uma Europa forte e unida para fazer frente à Rússia.
Se o cenário das pesquisas se confirmar, os dois se enfrentam no segundo turno em 24 de abril, uma vez que nenhum tem mais de 50% das intenções de voto. Quem vencer o segundo turno vai tomar posse no dia 13 de maio.
Como funciona o sistema eleitoral francês
Na França, o voto ainda é com papel e caneta. Em cada local de votação há papéis com os nomes dos candidatos. Pela lei, o eleitor tem de levar nas mãos os papéis de pelo menos dois candidatos, para que ninguém saiba em quem ele vai votar.
E na hora depositar o voto, o eleitor coloca na urna apenas a cédula do candidato escolhido. Depois de tudo isso, o eleitor ainda precisa assinar um termo para registrar que o voto foi feito.