Após a decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), o Governo do Rio Grande do Norte apresentou uma nova proposta para os professores da rede estadual. No dia 17 de março, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte/RN) se reuniu com a secretária de Educação, Socorro Batista, para discutir a implementação do piso salarial de 2025. A greve dos professores, que começou em 26 de fevereiro, visa cobrar do governo o reajuste salarial deste ano. Durante as negociações, o governo sugeriu aumentar os salários em duas etapas: 4% em abril e 2,27% em dezembro, embora essa proposta possa ser alterada até o final da semana.
Além disso, o sindicato aguarda uma posição do Governo do Estado, que deverá ser apresentada até a próxima sexta-feira (21), sobre o pagamento do retroativo do piso salarial, suspenso desde agosto do ano passado. A suspensão ocorreu devido a uma liminar do Tribunal de Justiça do RN, que, a pedido do Ministério Público, impediu o pagamento do reajuste, alegando que o Estado havia ultrapassado o limite prudencial de gastos com pessoal e não havia previsão orçamentária. Contudo, na semana passada, o STF derrubou essa liminar, mas o Sinte ainda não tem clareza sobre como e quando os pagamentos serão retomados.
Na sexta-feira, o Governo do Estado deverá formalizar uma proposta, que será discutida em uma assembleia com os professores na parte da tarde. Além da proposta, os profissionais aguardam um plano detalhado sobre o pagamento dos valores retroativos. Erlon Araújo, dirigente do Sinte/RN, destacou que ainda há 17 parcelas em aberto desde 2023 e celebrou a decisão do ministro Edson Fachin, do STF, que anulou a liminar do Tribunal de Justiça. Ele também ressaltou que essa vitória do sindicato teve repercussão nacional. Na mesma semana, a governadora Fátima Bezerra (PT) anunciou que pediria à Procuradoria Geral do Estado (PGE-RN) uma análise sobre os impactos da decisão do STF.