O Dia do Evangélico, celebrado nesta quinta-feira (30), simboliza uma data de comemoração para a religião evangélica. Os números do Censo 2022 do IBGE, sobre religião, ainda não foram divulgados, mas, de acordo com o Censo de 2010, entre os 86,8% brasileiros que se declararam cristãos, 22,2% disseram ser evangélicos.
Já uma pesquisa Datafolha, publicada em 2020, mostrou que os evangélicos somavam 31% dos brasileiros que dizem ter religião. Conforme a pesquisa, as mulheres representavam 58% dos seguidores.
O então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sancionou a lei, mas não instituiu feriado ou ponto facultativo.
No que acreditam os evangélicos?
Os evangélicos, segundo o presidente do Conselho de Pastores no DF, Josimar Francisco da Silva, têm a Bíblia como bússola. “O que está na bíblia, a gente procura cumprir com toda a fidelidade possível”, diz.
“Nossa crença principal é a palavra de Deus, ela comanda a igreja. Toda a igreja evangélica está baseada na Bíblia, nos seus princípios”, afirma Josimar Franscisco.
A religião tem o nome com influência do evangelho, que é a vida e a mensagem de Jesus Cristo contada na Bíblia por meio dos evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João, segundo Pérsio Costa Rosa, pastor e mestre em Teologia.
“O termo ‘evangélico’ utilizado para indicar as igrejas evangélicas atuais tem origem em duas perspectivas: a primeira, teológica, que evoca o fato de as igrejas protestantes – ainda que com algumas diferenças – buscarem fundamentar a prática de sua fé a partir dos Evangelhos (a Bíblia); a segunda, está relacionada às novas gerações de igrejas oriundas dos primeiros movimentos de reforma, que buscam, de alguma forma, estabelecer sua própria identidade”, diz Pérsio Costa Rosa.
Quais são os tipos de igrejas evangélicas?
O Dia do Evangélico é marcado por festas, cultos e encontros de música gospel. Mas, de acordo com os costumes de cada templo, a celebração pode variar.
Veja abaixo os tipos de igrejas evangélicas segundo os pastores consultados:
- Tradicionais: mais antigas com mais de 100 anos, elas são divididos em conservadoras e liberais. Exemplos: igreja Presbiteriana, igrejas do Véu.
- Pentecostais: igrejas mais novas que 100 anos, foram pivô do crescimento no Brasil nos anos 1980 e são conhecidas como igrejas renovadas. Além disso, são divididos em denominações com forte apelo catequizador ou missionário. Exemplos: Batistas Renovadas, Deus é amor.
- Neopentecostais: criadas nos últimos 15 anos, são modernas e a ênfase evangelística se alinha – em sua maioria – à teologia da prosperidade e ao envolvimento político como instrumento de mudança social. Há a questão do empreendedorismo, busca sucesso profissional. Exemplos: Bola de Neve.
Como surgiu a igreja evangélica?
As primeiras igrejas evangélicas têm origem na Reforma Protestante de 1517, em 31 de outubro, quando o teólogo Martinho Lutero (1483-1546) escreveu “95 teses” com uma série de críticas à Igreja Católica. Entre os protestantes, atualmente, estão os luteranos, os batistas, os presbiterianos, as igrejas reformistas, as pentecostais e as adventistas, entre outras.
“O ato ousado de Lutero foi visto como um protesto contra a corrupção do Evangelho e estabeleceu a ruptura ao status quo hegemônico religioso. […] Católicos e protestantes estavam, juridicamente, separados. Esse evento marcou uma divisão religiosa e política em toda a Europa ocidental”, diz Pérsio Costa Rosa, pastor e mestre em Teologia.
Os protestantes são um dos grupos do cristianismo. Já os evangélicos “são um dos muitos grupos dentro do protestantismo”, apontam pesquisadores de religiões.