O incêndio que ocorreu no Morro do Careca em fevereiro teve sua origem ainda não determinada, conforme indicado pelo laudo recentemente divulgado pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep/RN) nesta terça-feira (07). Embora o documento não descarte a possibilidade de intervenção humana, não foi possível identificar sua causa específica.
De acordo com o relatório final elaborado pelo Setor de Engenharia Ambiental e Meio Ambiente (Selma) do Itep, foram encontrados vestígios de resíduos sólidos de atividade humana, como garrafas, latas, palitos de fósforo riscados e copos plásticos, nas proximidades do local do incêndio. Esses achados fornecem indícios que permitem especular sobre as potenciais origens do fogo.
Embora não seja conclusivo afirmar que o incêndio foi de natureza criminosa, a presença de palitos de fósforo na área focal do fogo deixa em aberto a possibilidade de intervenção humana. Mesmo sem evidências claras de intenção maliciosa, a natureza não natural do incêndio sugere algum grau de envolvimento humano, embora suas motivações permaneçam incertas.
As chamas se alastraram por uma extensão de 730 metros, atingindo área de preservação da União e militar, apesar do cartão postal em si ter apenas 120 metros. O incêndio, que teve início em 6 de fevereiro, só foi parcialmente controlado na manhã seguinte, após intensas 10 horas de esforços dos bombeiros, mas ressurgiu mais tarde no mesmo dia.