A jovem Talyta Venancio França, 20 anos, mora em uma kitnet em Parnamirim, com a mãe que está desempregada. Mas mesmo com todas as dificuldades e sem contar com ensino de colégios ou cursinhos renomados, recentemente, ela foi aprovada com bolsa de estudos na Northwestern University, classificada entre as melhores universidades nos Estados Unidos e no mundo, para cursar Jornalismo e Ciências Políticas, no Campus Global em Doha, no Qatar.
No entanto, ela só tem até o dia 14 de julho para confirmar e pagar a matrícula, equivalente a cerca de R$ 5 mil e, até o fim deste mês de junho, para comprar a passagem, que custa cerca de R$ 7 mil. O custo anual da universidade é de aproximadamente 70 mil dólares, dos quais 60 mil dólares serão cobertos pela bolsa de estudos que ela conquistou, oferecida pela própria instituição.
“Além da matrícula e da passagem, eu e minha família não temos condições de arcar com os demais custos, como alimentação, hospedagem e os 10 mil dólares anuais da mensalidade que tenho que pagar para completar a bolsa de estudos”, explica a estudante. Ela calcula esses custos em R$ 25 mil por ano. Ou seja, Talyta precisa de R$ 100 mil, para os quatro anos de curso. Por isso, ela criou uma “vakinha” na internet, mas até agora arrecadou menos de R$ 3 mil. (Link e PIX, para ajudar, no final do texto)
“Eu costumava ir pra biblioteca da Estácio, pra estudar antes da pandemia e aproveitar a internet. O curso é todo em Inglês por ser uma faculdade americana, então aprendi a língua sozinha, porque não tive condições de pagar um cursinho”, conta a estudante, que inclusive já passou no teste de proficiência em Inglês que a Northwestern University exige.
“Desde pequena sou apaixonada por palavras. Aos 10 anos já escrevia e publicava histórias autorais na internet. Com o tempo, essa paixão foi evoluindo e abrindo espaço para outras, como a música. Hoje, sou violoncelista em uma orquestra chamada Ondas Musicais, criada por um projeto social que fornece aulas e instrumentos musicais de forma gratuita. Mas, após ser selecionada e participar da Latin American Leadership Academy (Academia de Liderança da América Latina), aos 17 anos, percebi que eu poderia usar as minhas palavras para causar um impacto maior na minha comunidade”, contou. E foi isso que ela fez. Aos 19 anos, Talyta tornou-se líder do grupo de combate à pobreza menstrual Girl Up Natal, pelo qual organizou campanhas de arrecadação de mais de seis mil absorventes para doação.
Ela também participou do movimento pela aprovação da lei estadual “Menstruação Sem Tabu”, que além de prever a distribuição gratuita de absorventes para meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade social, incentiva a educação menstrual nas escolas.
Com gratidão, a estudante ressalta que “se não fosse pela mentoria BRASA”, ela não teria condições de ter passado na Northwestern University. “Esse programa de mentoria seleciona cerca de 15 a 20 jovens destaques de todo o Brasil, pra receber orientação e ajuda financeira pra estudar fora”, explicou.
Link vakynha: https://benfeitoria.com/projeto/talyta-na-northwestern-university-wk2
Pix de Talyta: chave Celular: 84986392179
Pix de Talyta: chave Email: [email protected]