O preço da gasolina comum teve um salto de aproximadamente R$ 0,40 em Natal nesta sexta-feira (25). Até a noite de quinta (24), o combustível era vendido a uma média de R$ 6,29 por litro em diversos postos da cidade. Já nas primeiras horas do dia seguinte, o valor subiu para R$ 6,69.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos-RN), Maxwell Flor, o aumento está relacionado ao fim de promoções realizadas por postos nos últimos dias. As campanhas promocionais, segundo ele, foram uma tentativa do setor de antecipar uma possível queda nos preços das refinarias — o que acabou não se concretizando.
“Percebemos que, nas últimas semanas, os postos vinham praticando reajustes para baixo, reduzindo seus preços através de campanhas promocionais, talvez na expectativa de uma redução por parte da refinaria, da própria Petrobras. Essa redução não chegou”, explicou Flor.
Outro fator que influenciou no reajuste foi o aumento anunciado pela Brava Energia, operadora da refinaria Clara Camarão, localizada no estado. A empresa elevou o preço do litro da gasolina em R$ 0,04, passando a custar R$ 2,99. Com isso, o valor do combustível na refinaria privada ficou R$ 0,09 mais caro do que o praticado pela Petrobras no terminal de Cabedelo (PB), onde o litro sai por R$ 2,909.
No caso do diesel S500, não houve alterações. O litro permanece em R$ 3,496 na refinaria potiguar, enquanto na unidade da Petrobras em Cabedelo o valor é de R$ 3,236, uma diferença de R$ 0,26.
“Ontem fomos surpreendidos por um aumento da refinaria Clara Camarão, e isso provocou que os postos encerrassem suas campanhas promocionais e precisassem reajustar os preços”, acrescentou o presidente do Sindipostos.
Em resposta a denúncias de consumidores sobre os aumentos, o Procon Natal iniciou uma operação de fiscalização ainda nesta sexta-feira. Segundo a presidente do órgão, Dina Pérez, caso seja constatado aumento abusivo e sem justificativa, os estabelecimentos poderão ser multados. As penalidades variam entre R$ 800 e R$ 12 milhões, dependendo do faturamento do posto e da gravidade da infração.