Uma mudança no perfil dos candidatos das eleições de 2022 foi o aumento de candidaturas de pessoas autodeclaradas pretas e pardas, que pela primeira vez desde que esse dado começou a ser informado, em 2014, superou o número de candidatos brancos.
No total, pretos e pardos representam 49,75% ante 48,68% de brancos. É importante ressaltar que os números divulgados pelo TSE estão sujeitos a atualização durante o período de campanha.
Se declararam brancos 13.942 que representam 48,68%. Candidatos que se declaram negros são 4.000 e pardos 10.248, representando 49,75% das candidaturas. Ainda 180 candidatos se identificam como indígena.
O total de candidatos pretos e pardos para a Câmara dos Deputados aumentou em 2022. Somadas as masculinas e as femininas, serão 4.886 candidaturas, ou 47% dos quase 10,3 mil postulantes. Em 2018, foram 3.586, ou 42% de 8,6 mil.
A ampliação dessas candidaturas se mostra uma tendência, que já vem de eleições anteriores. Inclusive, em 2020, a quantidade de candidatos negros já superou a de brancos.
Segundo cientistas políticos, essa ampliação de candidaturas negras está relacionada com a inclusão dessa população em políticas de cidadania e pela mobilização para aumentar a participação no debate político.
Outro ponto é a decisão do TSE que, em 2020, tornou a distribuição do dinheiro do fundo campanha proporcional ao total de candidatos negros do partido.
Deputados trocam suas declarações de 2018
E essa decisão acaba gerando situações como a “mudança” de cor de alguns candidatos.
Um grupo de 33 deputados candidatos à reeleição mudou de cor ao disputar a eleição deste ano. Os deputados Professor Israel (PSB-DF), Heitor Freire (União Brasil-CE), José Rocha (União Brasil-BA) e Luís Miranda (Republicanos-DF), por exemplo, declararam-se em 2018 como brancos. Agora, registraram ser pardos.
Band