O ovo não pode faltar na despensa do brasileiro, mas garantir o alimento no prato tem ficado mais caro. Segundo o IBGE, o produto teve a maior alta em um ano, por volta de 23% nos últimos 12 meses. O valor é sete vezes maior que a inflação média no mesmo período.
Só em 2023, o aumento foi de 16%. E a alta do ovo impacta outros produtos, como pães, bolos e doces. Na loja de Bruna Carla Ferreira, especializada em donuts, vão quase sete mil gemas por mês. “Eu pagava R$ 33 em 60 ovos, agora pago R$ 45, é difícil, mas tento não repassar a alta aos clientes”, comenta.
Com a alta do custo da ração animal, por causa da pandemia de Covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia, produtores tiveram prejuízo e reduziram a produção. Ao mesmo tempo, a carne mais cara fez a demanda por ovos crescer. No fim de 2022, casos de Gripe Aviária estimularam exportações, então, faltou o produto no mercado.
Agora, a expectativa é de que a queda no preço da ração animal ajude a baratear os ovos e as carnes, por exemplo, já começaram a ficar mais em conta. “A partir do momento que as famílias retomam emprego e renda, elas começam a voltar a consumir mais carne, mais frango, e deixem de consumir tanto ovo, e a tendência é que o preço comece a cair com a mudança no cenário econômico no Brasil”, explica o economista Hugo Garbe.
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