O preço do café para o consumidor americano está mais caro devido às tarifas de importação impostas pelo governo dos Estados Unidos sobre o produto brasileiro, um movimento que pressiona as cotações internacionais.
Em contraste, o Brasil registrou uma leve queda recente, mas analistas alertam que o cenário é temporário e novas altas são esperadas até o final do ano, conforme discutido na edição desta segunda-feira (22) do AgroBand.
A tradicional xícara de café que marca o início do dia para os americanos agora pesa mais no bolso. As barreiras tarifárias implementadas pelo governo dos Estados Unidos impactaram diretamente a cadeia de suprimentos, fazendo com que o valor do café brasileiro disparasse no mercado internacional e, consequentemente, para o consumidor final no país.
Enquanto isso, no Brasil, foi registrada uma queda singela de 2,17% no preço. A apresentadora Carolina Rabelo e o repórter Felipe Alves foram a campo para verificar se essa redução já foi percebida pela população. Em conversa com consumidores, a percepção ainda é discreta, mas a análise do setor indica que a tendência de alívio não deve se sustentar.
Fatores indicam alta iminente no Brasil
A expectativa de que os preços voltem a subir no mercado interno é baseada em uma combinação de fatores, que anulam a possibilidade de uma queda duradoura para o consumidor. O primeiro deles são as próprias tarifas americanas, que, ao elevarem a cotação nas bolsas internacionais, acabam influenciando o mercado brasileiro e limitando as margens para reduções.
Além da pressão externa, o cenário interno também é de alerta. O setor enfrenta um período de baixos estoques, resultado de quatro anos consecutivos de colheitas menores, o que naturalmente restringe a oferta do produto. A situação tende a se agravar com a previsão de uma colheita menor do café arábica no Brasil em 2025, que é a espécie mais produzida e consumida em todo o mundo.
Para completar o quadro de desafios, as recentes geadas que atingiram o Cerrado Mineiro, uma das principais regiões produtoras do país, geraram perdas de grande produção. Este fator climático tem um impacto direto e imediato na disponibilidade do grão.
Com isso, qualquer expectativa de queda de preço para o consumidor no Brasil e no mundo vem sendo descartada, com anúncios de novas altas que devem continuar até o final do ano.
Com informações de band.com.br