A produção total de Cafés do Brasil foi estimada em um volume físico equivalente a 54,7 milhões de sacas de 60kg para a safra 2023, com uma produção de 37,9 milhões de sacas de café arábica (69,3% da produção nacional) e 16,8 milhões de sacas de café conilon, (30,7%). Esse volume, se confirmado, vai representar 32% da safra mundial de cafés, estimada em 171,3 milhões de sacas (98,6 milhões de sacas de arábicas e 72,7 milhões de sacas de conilon)
A produção de café arábica no Brasil equivalerá a aproximadamente 38,5% da produção global e a produção nacional de conilon, a 23% da produção total.
Segundo um levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Organização Internacional do Café (OIC), em 2023, as lavouras de café no Brasil ocupam 1,87 milhão de hectares – 1,48 milhão de hectares de cultivos de variedades arábicas e 54,7 milhões de variedades conilon.
Quem são os maiores produtores de cafés no Brasil?
De acordo com o levantamento, os maiores produtores de cafés no Brasil são Minas Gerais, com 27,8 milhões de sacas (51% da produção total nacional), Espírito Santo, com 13,6 milhões de sacas (25%), São Paulo, com 4,9 milhões de sacas estimadas para 2023 (9%), Bahia, 3,6 milhões de sacas (6,6%), Rondônia, com 3,1 milhões de sacas (5,7%) e Paraná, com uma produção estimada em 686,7 mil sacas de cafés (1,2%).
Qual o volume de cafés consumidos no mundo?
Conforme o relatório da OIC, o consumo mundial de cafés aumentou 4,2%, para 175,6 milhões de sacas no período 2021/2022, após um aumento de 0,6% no ano anterior. A liberação da demanda reprimida acumulada durante os anos da COVID-19 e o forte crescimento econômico global de 6,0% em 2021 explicam a recuperação do consumo de café.
A desaceleração das taxas de crescimento econômico mundial em 2022 e 2023, juntamente com o aumento do custo de vida, terá um impacto no consumo de café para o ano cafeeiro 2022/2023. Espera-se que cresça, mas a uma taxa de desaceleração de 1,7%, para 178,5 milhões de sacas.
A desaceleração deverá vir de países não produtores, com o consumo de café na Europa previsto para sofrer a maior queda entre todas as regiões, com taxas de crescimento caindo para 0,1% no ano cafeeiro 2022/2023, ante uma expansão de 6,0% no ano cafeeiro 2021/ 2022. Como resultado, o mercado mundial de café deverá passar por mais um ano de déficit, de 7,3 milhões de sacas.
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