A acolhida foi tão boa e o balanço tão positivo que a Feira do Livro de Mossoró será realizada novamente na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) em 2023. A confirmação foi dada pela reitora Cicília Maia e o organizador do evento Rilder Medeiros.
A 16ª edição do evento superou as expectativas em relação ao público visitante e ao número de vendas realizadas pelos expositores.
“Tudo isso vem reafirmar o acerto que a gente teve em trazer a Feira do Livro de Mossoró aqui para as dependências da Uern. Fomos extremamente bem recebidos, bem acolhidos e já temos a Uern hoje como a casa da Feira do Livro de Mossoró. Esperamos que, em 2023, na 17ª edição, a gente tenha, com mais tempo de planejamento, a melhor de todas as feiras e para isso a gente conta novamente com o apoio da Uern e de todas as instituições de Mossoró e com a família mossoroense que sempre prestigiou o nosso evento”, avaliou Rilder Medeiros.
Para a reitora, o evento foi grandioso e coloriu de povo a Universidade.
“Acreditamos que esse é o melhor lugar para acolher a Feira. Temos certeza de que essa parceria será de grande sucesso e quem ganha é a cultura e a população mossoroense”, destacou Cicília Maia.
Durante a solenidade de abertura, na noite do dia 03, a governadora Fátima Bezerra aprovou a realização do evento literário na Instituição.
“Não tem lugar mais adequado para Feira do Livro do que a Uern. E espero que a Feira do Livro não saia mais daqui”, destacou a chefe do Executivo estadual e chanceler da Uern.
Palestras, bate-papos, contações de histórias e apresentações culturais atraíram grande público aos corredores e salas de aula do Campus Central da manhã da última terça-feira, 3, até a noite de hoje, 6.
Cerca de 242 escolas estaduais de 34 cidades, entre outras instituições escolares públicas e privadas de Mossoró, organizaram a ida de seus alunos ao evento.
O evento contou neste ano com cerca de 15 livrarias e editoras do Rio Grande do Norte e de outros estados, participação de autores independentes, sebo e artesãos e mais de 50 horas de programação cultural e literária.
Nas quinze edições anteriores, a Feira reuniu mais de 800 mil visitantes, trazendo a Mossoró nomes ilustres da literatura brasileira.
Diversidade do público é uma das marcas da 16ª Feira do Livro de Mossoró
Se em meio aos estandes distribuídos pelo Campus da Uern a variedade de títulos e gêneros de obras é um dos atrativos da Feira do Livro de Mossoró, a diversidade entre o público visitante tem sido também uma das marcas do evento. Com 50 horas de programação, que se encerram nesta sexta-feira (6), a 16ª edição da feira tem reunido interessados de todas as idades da comunidade acadêmica e da população em geral.
Estudante do Curso de Letras-Língua Portuguesa do Campus de Mossoró, Yasmim Moura é uma das visitantes que aponta a pluralidade de livros como um dos atrativos da feira.
“Nas outras edições, eu não tinha achado tanta variedade”, destacou a estudante, que aproveitou o fato de o evento ser realizado no campus para ir aos estandes com colegas de turma na manhã desta quinta-feira.
Em um dos estandes visitados por Yasmim, outra participante havia percorrido uma distância maior para estar no campus. Promotora da editora La Fonte, Jéssica dos Reis viajou de São Paulo para participar da Feira – primeiro evento do gênero do qual participou na região Nordeste.
“Uma coisa que estranhei foi o calor. Saí de São Paulo com 13 graus. Quando cheguei no aeroporto em Mossoró já senti a diferença”, brincou a expositora, cujo estande está localizado em um dos blocos da Faculdade de Ciências Econômicas (Facem).
Compondo boa parte do público da feira, crianças e adolescentes têm visitado a maior parte dos estandes. “Eu sempre fui influenciada a ler desde criança e acho que isso me ajudou em algumas coisas na vida, principalmente em relação a ter a mente mais aberta, buscar ter outra visão das coisas”, relatou a professora Edilene Félix, que visitou ao campus da Uern na noite de quarta-feira junto da filha, de dois anos.
“É muito importante esse contato com os livros físicos para as crianças. Eles oferecem coisas que o mundo virtual não pode dar”, destacou a funcionária pública Rafaela Burlamaqui, que tentava acompanhar o pique do filho de 7 anos entre os estandes com livros infantis.