O sobrinho de Soraia Sátiro, um jovem de 20 anos, foi preso nesta quarta-feira (17) em São Paulo, e confessou ter assassinado sua tia. Um segundo suspeito, que já tinha se apresentado à polícia na segunda-feira (15) e que apareceu em vídeo, ainda não foi detido. O crime ocorreu na última sexta-feira (12) por das volta 17h no bairro de Capim Macio, zona Sul da cidade, e o suspeito foi capturado no bairro Vila Nova Manchester, em São Paulo.
Entenda o caso
A investigação preliminar de local de crime ocorreu na sexta à noite, quando foi apreendido o DVR (Digital Vídeo Recorder) com as imagens das câmeras de segurança que gravaram algumas áreas da residência da vítima.
Na segunda-feira (15), a polícia já iniciou a análise das imagens do DVR e conversou com familiares.
- “A primeiro momento já surgiu o nome de Igor como principal suspeito, então de início ele era o principal suspeito e apenas ele,” relatou a delegada à frente do caso, Liana Aragão.
- Na segunda-feira (15) à noite, Luiz Felipe, parceiro de Igor, se apresentou espontaneamente à polícia e assumiu ter participado do crime.
Até aquele momento da investigação, ainda não havia sido possível analisar todo o conteúdo das câmeras de segurança, por isso ele não tinha sido identificado. Em depoimento, Luiz Felipe relatou que a ideia foi do sobrinho de Soraia. Embora tenha se apresentado de forma voluntária, a polícia ainda não possuía os elementos necessários para realizar sua prisão, mesmo em situação de flagrante. Luiz é o homem que aparece nas imagens das câmeras de segurança com uma faca na mão ao lado do sobrinho da vítima. O comparsa de Igor, até o momento, ainda não foi preso.
- Na narrativa dos dois, eles dizem que o único objetivo era apenas roubar e que as coisas saíram do controle no momento que culminou com a facada e com o óbito de Soraia,” esclarece a delegada.
No depoimento, a argumentação dos envolvidos é contraditória, pois um diz que foi o outro quem desferiu a facada que vitimou a irmã de Papel Gomes. Para a polícia, essa contradição de discursos não faz diferença e não interfere na participação de ambos no crime.
- A Polícia Civil do RN informou que ainda não foi possível mensurar o valor da quantia que os criminosos roubaram da enfermeira, pois depende de outras diligências.
As investigações apontam que o sobrinho tinha conhecimento de que a vítima tinha uma quantia em conta e que a intenção era pegar o celular dela e transferir esse valor do aplicativo dela para a conta deles. Soraia armazenava as suas senhas de banco em uma agenda.
No momento do roubo, quando tentaram pegar o celular de Soraia, segundo a polícia, a vítima teria reagido à ação e isso acarretou nas facadas que a levaram à morte.
- “Eles afirmaram que a ideia era dopar a vítima. Agora, se eles tentaram e não conseguiram… Como eles não falam exatamente como as coisas aconteceram, não temos certeza se tentaram dar alguma coisa para ela e ela não tomou, se ela se assustou quando Luiz Felipe entrou na casa com a faca na mão…,” declarou a delegada Liana.
O sobrinho morava com a tia há aproximadamente três meses; antes ele morava com outra tia, da qual ele saiu por ter furtado as joias dela. Nesse sentido, Soraia resolveu dar uma segunda chance a Igor e o acolheu em sua casa. Ela pagava a faculdade dele e lhe dava uma quantia mensal.