O desenvolvimento da economia potiguar está entrelaçado à Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte, assim como os efeitos que ele é capaz de gerar na vida da sua sociedade. Afinal, são 70 anos de atuação em um dos segmentos mais vitais para a construção das riquezas que sustentam este povo. A FIERN é história, faz parte do cotidiano das pessoas, e não há dúvidas de que também estará ao lado das próximas gerações. É fato.
Hoje, o RN possui 7.139 indústrias. Nelas, estão 98 mil homens e mulheres contribuindo e tornando o Estado cada dia mais produtivo.
Somente o setor de extrativismo e de transformação, no primeiro trimestre deste ano, por exemplo, chegou a movimentar quase R$ 68 milhões por dia. Tá bom ou quer mais? A FIERN tem a resposta. A atuação em defesa da evolução industrial do estado é uma missão para a qual ela se dedica com empenho e da qual não se afasta.
Não é discurso. Entre os principais setores industriais do RN, estão o de energias, principalmente as renováveis, petróleo e gás, construção civil, além da chamada economia do mar, como a pesca e a aquicultura. Também merece destaque as indústrias de processamento, que sempre se mostram com elevado potencial, como as de alimentos e bebidas, têxtil e confecção e mineração.
Independente da área ou setor industrial, a FIERN tem, ao longo destas sete décadas de representatividade, buscado e trabalhado o diálogo com os poderes públicos, defendido os legítimos interesses das empresas, apontado caminhos para o crescimento delas e apresentado estudos que revelam medidas que podem melhorar o ambiente de negócio.
A indústria do Rio Grande do Norte tem grandes desafios? Sim, certamente. Porém, ao mesmo tempo, também é verdade que há um potencial inesgotável a ser explorado. É preciso assumir esta responsabilidade. E é para isso que a FIERN existe, para contribuir com o desenvolvimento sustentável do Estado. E para isso acontecer cada vez mais e da melhor forma, defende que, na Agenda Propositiva de 2023, seja elaborado um projeto de lei para definir a Política Industrial potiguar.
A Agenda Propositiva 2023 para o Desenvolvimento do Rio Grande foi entregue pela FIERN à governadora Fátima Bezerra em maio. Nela constam propostas em sete áreas para reverter o cenário de desindustrialização. As áreas contempladas são: Educação Pública, Lei de Concessões, Política de Turismo, Gestão de Ativos, Licenciamento Ambiental, Porto de Natal e Energias.
O documento foi elaborado pelo Mais RN (plataforma de planejamento estratégico contínuo da FIERN há quase 10 anos) com a perspectiva de assegurar ao RN uma política industrial de Estado, e não de governo.
De acordo com os dados do Produto Interno Bruto setorial consolidado pelo IBGE, referente a 2020, o PIB industrial do RN é de R$ 11,8 bilhões, equivalente a 0,8% da indústria nacional.
O Atlas da Indústria Estadual, elaborado pelo MAIS RN mostra que, das 7.139 indústrias instaladas no estado, 88,19% delas são micro, 10,1% pequenas, 1,48% médias e 0,22% são consideradas de grande porte. O levantamento indica ainda que o setor tem, atualmente, 98.547 trabalhadores formais.
Números
- PIB industrial do RN: R$ 11,8 bilhões
- O RN possui atualmente 7.139 indústrias
- A indústria do RN possui mais de 98 mil trabalhadores formais
“Acompanhamos a economia do RN”
O industrial Amaro Sales de Araújo, que por 12 anos preside a FIERN, falou com o iBand sobre o momento atual, e também lembrou um pouco da história destas sete décadas que fizeram da FIERN uma das maiores representatividades da economia potiguar. Vale ressaltar que Amaro deixará o cargo no final de outubro, quando passará o bastão para o empresário Roberto Serquiz, eleito em novembro do ano passado.
“Começou em 1953, com um grupo de cinco sindicatos, que fizeram essa história, onde esses empresários e dirigentes tiveram a ideia de formatar uma federação para que pudesse defender os interesses da indústria. Naquela época, tinha a Associação Comercial, que já existia. Tinha uma instituição já representando o comércio, mas havia a necessidade de se fazer também para a indústria, que tinha setores importantes que existem até hoje, como a construção civil, a mineração de sal, a confecção, o setor têxtil. Tinha o setor de panificação e de gráfica também, e uma outra de reparação de carros. Mas, o mais interessante, é que nesse trajeto de 70 anos, acompanhamos a economia do Rio Grande do Norte. Ao longo deste tempo, o grande papel da federação foi defender os interesses da indústria do Rio Grande do Norte, trazendo para sua formação a qualificação da mão de obra através do SENAI. O SENAI oferta a mão de obra mais qualificada, e o SESI traz mais a questão da saúde e a segurança do trabalhador. E tem o IEL, que vem com a parte da qualificação empresarial, trazendo a formação empresarial e melhorando essa qualificação. E a FIERN vem na defesa destes interesses junto ao Governo e instituições”.
“Quando a gente faz essa analogia do tempo, são 70 anos que a economia do estado mudou. Durante esse seu trajeto aí, como presidente há 12 anos, a gente viu o direcionamento da indústria do Rio Grande do Norte ligado aos setores da energia. Doze anos atrás ninguém sabia o que era energia eólica. Então, essa foi a energia que veio na matriz eólica se fortalecendo, e a gente tem hoje, no Rio Grande do Norte, uma produção de mais de 7 gigawatts de energia. Hoje, o RN consome algo em torno de 1.5 gigawatt. Isso quer dizer que nós temos quase cinco vezes o que a gente consome. Isso é um excedente enorme”.
“Aí vem a questão da energia solar fotovoltaica, que também, 10 anos atrás, ninguém nem falava que isso acontecia. E o fortalecimento novamente do setor de petróleo e gás? Na década de 80 foi que deu um grande salto na economia do estado, com a indústria do estado mais ligada ao setor petrolífero. Petróleo e gás deram um reforço ao PIB do Rio Grande do Norte. Então, hoje, dentro da modernidade, se fala em pesca oceânica, no agronegócio, na área de fruticultura, no beneficiamento de frutas, na parte de alimentos, que melhorou muito. Hoje, a certificação de empresas na área de laticínios, na área de águas, há uma economia bastante diversificada no Rio Grande do Norte. E tudo saiu lá atrás, de cinco sindicatos, cinco setores que eram importantes. E hoje, a FIERN tem na sua base sindical mais de 30 setores da economia”.
“Um futuro para a vida das pessoas”
A FIERN, pela história dos livros, o que a gente lê das gestões passadas, nunca foi fácil. O setor empresarial no Brasil é cheio de mudanças, de insegurança jurídica, de leis que são criadas e que muitas vezes não são acompanhadas para que elas possam funcionar em cenários políticos diferentes. Hoje, no Rio Grande do Norte, o grande impacto na indústria vem principalmente da insegurança jurídica. Eu coloco isso como um tema. A questão do licenciamento ambiental é outro tema que a gente discute bastante aqui. E, dentro das melhorias, a Federação tem procurado justamente acompanhar essas mudanças, para que o serviço sofra menos nessas dificuldades. Nosso legado? Um futuro para a vida das pessoas, para a vida das famílias, tanto de quem está na indústria como para quem vive dela. O grande legado dessa Federação é a dedicação que ela dá ao tema educação. Desde a nossa chegada aqui, como presidente dessa casa, é que temos investido maciçamente em educação. Temos uma escola de referência no município de São Gonçalo do Amarante para mais de 1.000 alunos. Temos um projeto de R$ 20 milhões para acontecer na cidade de Mossoró, para uma segunda escola com 2.000 alunos. Nós temos um Centro de Tecnologias e Energias Renováveis, o único do Brasil.
Temos a construção de 35 Indústrias do Conhecimento, na área de educação, na área de formação, espalhada pelo Rio Grande do Norte. E, agora com a chegada de mais 12, que já muda um pouco o nome diante da tecnologia. Agora é SESITEC. Que são bibliotecas tecnológicas que vão trabalhar nas comunidades para que a gente possa ter um estado com 167 municípios atendidos pela educação do SESI. Isso é uma é um legado que nós estamos deixando nessa área da educação, a melhoria na qualificação do professor, deixando a integração da tecnologia junto com essa educação.
E também temos o Mais RN, um capítulo que essa federação construiu nesses últimos 12 anos. Para mim, é o grande legado que a FIERN vai deixar para o Rio Grande do Norte, uma plataforma de acompanhamento da economia do Estado. A plataforma Mais RN é acessível a todo mundo, ela não é exclusiva da indústria. É uma grande oportunidade que o Rio Grande do Norte tem. Esse produto, eu entendo, vai ser o grande legado que essa federação está entregando à sociedade. Por quê? Porque ela hoje não é mais da FIERN. Ela é do Rio Grande do Norte.
O Mais RN faz a prospecção de informações, coloca nessa plataforma e entrega à sociedade sem cobrar nada. E isso porque queremos um Rio Grande do Norte diferente. A FIERN entende que o Mais RN poderá dar essa grande contribuição para os governantes, para que as instituições públicas possam ter nessa fonte de consulta a sua tomada de decisões.
O Rio Grande do Norte precisa olhar o que é interessante para o Rio Grande do Norte, principalmente na questão da economia, quais são os setores mais importantes, setores que têm maior empregabilidade. Nós temos hoje uma oferta de 100 mil empregos que a indústria oferece ao Rio Grande do Norte, e que está catalogado dentro do portal Mais RN. Lá você sabe aonde está esse emprego, em quais municípios eles estão localizados e a quais setores que eles pertencem. Então, hoje, isso é um produto que temos a certeza de que ele vai mudar a história do Rio Grande do Norte.
Então, o Estado pode agradecer à FIERN pelos 70 anos que se passaram, como também deve agradecer pelos próximos 70 anos que virão.
Agenda Propositiva 2023
Para a FIERN, com as medidas defendidas na Agenda Propositiva, a atividade industrial pode ter um novo impulso, com resultados ainda mais significativos e a geração de novas oportunidades de investimentos no Estado.
Em 2021, a FIERN entregou ao Governo do Estado a primeira edição da Agenda Propositiva com os projetos que ela considera essenciais para garantir o ambiente propício ao desenvolvimento da indústria potiguar. Já em maio, foi entregue a versão mais atualizada deste documento: A Agenda Propositiva 2023. Nela, além das sete áreas que objetivam reverter o cenário de desindustrialização, consta a necessidade de elaboração de um projeto de lei para definir uma política industrial de Estado, e não apenas de governo.
A Agenda Propositiva 2023 também defende que sejam elaborados outros projetos de lei para quatro áreas: Educação Técnica, Concessões, Turismo e Política Ambiental. “A definição de uma legislação clara e moderna nessas áreas trará segurança jurídica e um ambiente favorável aos investimentos”, acrescenta o presidente Amaro Sales.
FIERN, SESI, SENAI e IEL
As quatros instituições que integram o Sistema Indústria no Rio Grande do Norte — FIERN, SESI, SENAI e IEL — têm ampla presença ou atuação no Rio Grande do Norte. São diversos e relevantes projetos, programas e serviços voltados ao ensino profissionalizante, à pesquisa aplicada, ao incentivo à inovação, à qualificação profissional, à saúde e segurança no trabalho, ao estágio, à qualificação e capacitação.
Para se ter uma ideia do quanto os números que demonstram esses resultados são expressivos, em 2022, por exemplo, foram 130.648 pessoas beneficiadas nos programas de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) do SESI no RN. Esses programas de SST chegaram a 947 empresas. Os eventos culturais promovidos pelo SESI-RN, em 2022, tiveram 35.744 espectadores.
Neste ano, somente no primeiro trimestre, as escolas do SESI de São Gonçalo do Amarante, Mossoró e Macau, somam 1.457 alunos matriculados. São escolas de referência, com qualidade excepcional, que formam para a cidadania e asseguram aos jovens o acesso a habilidades que eles precisam no mercado de trabalho.
Os números do SENAI-RN também são bastante expressivos. Para citar 2022, quando temos o mais recente um período de doze meses consolidados, foram 25.701 em formação inicial, 5.426 em educação para o trabalho e 2.631 matrículas nos cursos de técnico em nível médio.
O Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) também atua no sentido de desenvolver pesquisas voltadas a garantir o fortalecimento da indústria, com avanço da competitividade. A unidade traz soluções para ampliar a eficiência e geração de energias limpas. Atualmente, tem parcerias com importantes empresas interessadas no desenvolvimento desses projetos. E integra uma rede formada por 26 Institutos de Inovação, implantados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) no Brasil para atender a diferentes demandas da indústria.
A busca por qualificação profissional e por serviços de tecnologia e inovação no Rio Grande do Norte cresceu em 2022 e, neste ano, continua em expansão, segundo dados do SENAI-RN.
Em 2022, foram realizadas 34,6 mil matrículas em cursos diversos na instituição, de janeiro a dezembro, número 14% acima da meta projetada para o período.
Na área de educação profissional, o SENAI-RN registrou 7.311 matrículas em cursos profissionalizantes no primeiro trimestre de 2023, também acima da meta.
Dados apontam para crescimento puxado por setores de moda, vestuário, energia, construção civil e segurança do trabalho.
“Se eu não estivesse hoje no SESI, não estaria olhado para o futuro”
Ana Laura dos Anjos Silva tem 13 anos. Ela estuda no SESI de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, desde o ano passado. Faz o 7º ano. Cecília Silva Batista tem a mesma idade, mas é aluna do Serviço Social da Indústria desde a inauguração do ensino fundamental da escola. As alunas estão apreendendo. Ainda não sabem explicar o que o SESI significa para educação, qual a missão da escola ou como ela funciona em sua essência. Não. Mas, elas têm sentimentos, e sabem transmitir a importância do local onde estudam para o crescimento e a formação delas. E isso é o mais importante, mesmo que em poucas e breves palavras. Afinal, elas vivem algo especial.
“Quero ser alguém. Quero ter um trabalho muito bom, com que eu consiga me sustentar. E estou aqui também para aprender diversas coisas. Eu já me imaginei advogada e policial rodoviária federal. São situações um pouco parecidas, né?”, sorriu Ana Laura. Então seu sonho é trabalhar com a Justiça, com as leis, quer ser policial? “É, sim. Para essa área mesmo”, respondeu, animada. E de que forma a tecnologia que o SESI está lhe ensinando pode lhe ajudar? “De diversas formas. Você já pesquisou o que faz uma advogada e o que faz uma policial?”, respondeu, toda sabida.
E a Cecília? “Quando eu vim para a escola, eu disse, nossa, que legal! Aí acabei participando de alguns eventos de robótica e tal, e me interessei por programação. Então eu decidi que eu provavelmente vou trabalhar na área de tecnologia de informação. É só ter a internet, trabalhar nos softwares. Mas, também penso em ser legista. Legista. Pronto. Na área de legista também não deixa de ser uma ciência, né?”, disse ela.
“Se eu não estivesse hoje no SESI, nesta escola, sinceramente eu não sei onde estaria. O SESI foi o lugar onde abriu muitas portas para mim, tanto com a inovação, com a tecnologia e tudo isso. Se eu não estivesse aqui, provavelmente eu estaria em outra escola. Mas eu não estaria assim, olhado para o futuro, imaginado uma carreira”, emendou Ana Laura. “Eu também. Com certeza”, concordou Cecília.
Mateus tem 23 anos. É professor de física e dá aulas na oficina tecnológica do SESI. Entrou na escola recentemente, há menos de um ano. “Mas eu já dava aula de auxílios tecnológicos. O que me trouxe para o SESI foi essa pegada do Serviço Tecnológico. Eu acho que a gente vive no universo cada vez mais tecnológico. E nada mais justo do que ter uma escola que valorize isso. Então, o que me chamou atenção no SESI foi exatamente essa pegada tecnológica que o SESI introduz na vida dos alunos. Aqui a gente faz um apanhado geral sobre a imersão tecnológica, os kits de robótica que a gente tem à disposição e todo esse universo tecnológico que os alunos têm a sua disposição. E o que mais fascina os alunos, o que mais os atrai, é o que eles veem no cotidiano deles. Então, quando o aluno tem a disponibilidade de perceber que a rede social que ele usa, a tecnologia que ele vive aqui, que o aplicativo que ele usa no celular dele, ele começa a ter interesse. Porque o que ele faz aqui parte do cotidiano deles. E o aprendizado é mais rápido. É mais bacana”, afirmou o professor.
Capacitação e inserção de mulheres no mercado de trabalho
Thaysa Danielly Soares da Mota tem 28 anos. Faz pouco mais de um ano que ela trabalha como programadora de manutenção no setor de Manutenção Industrial da empresa Cal Norte Nordeste (uma Joint Venture do grupo Lhoist), que fica na cidade de Baraúna, na região Oeste potiguar. Em uma breve entrevista, ela falou como a FIERN, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), teve participação e influência em sua vida profissional, o que mudou após os cursos que fez, o que ela espera conquistar e de que forma a federação a ajudou a superar as dificuldades. Confira:
“O Grupo S entrou na minha vida através do curso de especialização técnica em Operação e Manutenção de parques eólicos, onde eu pude ver além da preocupação desse grupo em proporcionar uma capacitação voltada para o público feminino, podendo assim contribuir para a inserção de mais mulheres no mercado de trabalho voltado para a área de energias renováveis, como também pude notar a excelência de profissionais docentes que são responsáveis por lecionar e transferir o conhecimento para aqueles que buscar os cursos do grupo”.
“Sou aluna do curso de Especialização Técnica em Operação e Manutenção de Parques Eólicos, com previsão de conclusão para agosto deste ano”, disse ela. “Acredito muito que a possibilidade de me inserir no mercado de trabalho de uma área ocupada em sua maioria por homens, possuindo uma capacitação profissional que me dá respaldo técnico, é a principal chave de mudança que tenho ao fazer esse curso”, acrescentou.
“O principal objetivo com esta capacitação é de me inserir no mercado de energias renováveis e poder obter o crescimento profissional que tanto almejo. O corpo docente e administrativo do sistema Fiern sempre nos forneceu o apoio necessário para que tivéssemos êxito nessa jornada de estudos, qualificação e, para muitas, tudo isso também é acompanhado da jornada materna. Acredito muito na capacitação que tem sido ofertada e nessa preocupação do SENAI na inserção de mulheres no mercado de trabalho”, destacou a programadora.
Uma nova visão de mundo
Vitor Donovam dos Santos Ribeiro tem 20 anos. Ele trabalha no setor de eletrônica, na manutenção elétrica da multinacional Vicunha Jeansidentity. A empresa fica em Natal. Ao iBandRN, o jovem também falou sobre a importância do SENAI para sua formação profissional, as oportunidades que surgiram e as portas que se abriram. Confira:
“Se não fosse pela oportunidade que me deram para estudar na grande estrutura que eles têm, com certeza eu não estaria onde estou hoje. Fiz o ensino médio integrado ao curso técnico de eletrotécnica, e tudo isso durou três anos. O que mudou em minha vida após os cursos que fiz? Primeiramente minha visão de mundo, habilidades, técnicas e conhecimento da elétrica, que antes de nada sabia”, afirmou.
E o que espera conseguir ou conquistar com tudo o que aprendeu? “Conquistar minhas metas de vida e profissional, Hoje mesmo estou a caminho no meu principal curso, que é de engenharia elétrica, que em poucos dias finalizo meu primeiro semestre, e enquanto isso, ajudar as pessoas e empresas que estarei vinculado”.
Principais e maiores atividades industriais do RN
“As diversas atividades industriais são importantes para a economia potiguar. E, certamente, todas elas merecem ser reconhecidas. Enfrentam dificuldades, mas conseguem produzir, resistem, geraram oportunidades de trabalho e renda. É preciso unir forças para que o Poder Público supere os problemas estruturais que ainda temos no Rio Grande do Norte e adote as medidas para reduzir os gargalos que impõem entraves à nossa economia. Por isso, a FIERN apresentou a Agenda Propositiva. Mas, apesar dessas questões, temos resultados que são relevantes. Atualmente, um dos setores que tem se destacado é o de geração de energia. A tendência é de uma ampliação ainda maior deste segmento, uma vez que as energias renováveis são vocação inegável do Rio Grande do Norte. O Rio Grande do Norte segue na liderança da produção de energia eólica no país. Dados do Mapa das Energias Renováveis do Mais RN mostram que atualmente o Estado possui 243 parques eólicos em operação, que juntos somam aproximadamente 7,5 GW de potência fiscalizada. Mas podemos citar também outros setores que sempre se mostram com potencial, como a Construção civil, alimentos e bebidas, têxtil e confecção, mineração”, destaca Amaro Sales.
“A indústria de Petróleo e Gás tem se recuperado e, para se ter uma quantificação mais objetiva, tem uma participação de quase 38% do PIB Industrial do Estado. A construção civil como segmento específico e próprio da indústria representa quase 25% do PIB industrial. O setor industrial de alimentos tem 6,2% do PIB; o de mineração, 7%; o têxtil e de confecções, 5%; o de bebidas, 3%. O complexo de indústria química — plástico, borracha, produtos de limpeza —alcança uma participação próxima dos 3%. A FIERN articula o Cluster da Economia do Mar, diante do desempenho da pesca que também é relevante. O Estado tem expressivas potencialidades para desenvolvimento nos diversos setores relacionados com a atividade marítima e o Cluster Naval do RN – o primeiro da região Nordeste – deve contribuir para ampliar esse potencial”, conclui o presidente.