Porções grandes de carne fincadas na terra, sem tempero, assando por longas horas. Assim podemos descrever o churrasco gaúcho, um modo rústico de preparar esse evento gastronômico que une as famílias brasileiras.
Com os sulistas não é diferente — aliás, alguns detalhes são! Entrevistamos Helena Rizzo, chef premiada, nascida em Porto Alegre, para entender as diferenças entre o típico churrasco gaúcho dos demais. Confira!
Qual a diferença do churrasco gaúcho para aqueles feitos em outros estados?
Uma das principais diferenças está na distância entre a carne e o foco de fogo, o braseiro. Fica bem longe. No Sul, usa-se, geralmente, cortes maiores, em espetos fincados no chão que assam bem lentamente. Daí o nome fogo de chão. Ah! E o preparo começa bem cedo, muitas horas antes de servir.
Quais as carnes próprias para churrasco gaúcho? E as especiarias?
Isto é outra grande diferença entre os gaúchos e os moradores de outros Estados brasileiros. Esse caso de amor com a picanha, que a gente vê aqui no Sudeste, não se vê muito lá no Sul. Churrasco, pra gaúcho, é com carne que tem osso: asado de tira (costela), carré de cordeiro. E também vacio (ponta de agulha) e ojo de bife (contrafilé).
O que não pode faltar num churrasco gaúcho, além das carnes, claro
Ah, varia de casa pra casa, mas quase sempre tem uma boa salada de batata, pão de alho e farinha de mandioca.
E quem é vegetariano? Pode participar dos churrascos gaúchos? O que você sugere?
Os vegetais se comportam muito bem na brasa, eu adoro. Dá pra brincar com quase todos eles: cebola, cenoura, abobrinha, beterraba, pimentão, cogumelos, milho. E também com folhas mais delicadas, como um alface romano, partido ao meio!
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